J.N.E., 63, a retired engineer in Rio de Janeiro, Brazil

Na minha infância escutei pela primeira vez a palavra quarentena da mídia, devido aos astronautas terem que se submeter a esse evento, pois não se sabia se havia algum tipo de micróbio na lua. Passaram-se décadas e estamos na mesma situação que os astronautas, mas em escala gigantesca e mundial.

Retornei em janeiro deste ano de uma viagem feita no fim do ano passado onde a última cidade visitada foi Bangkok, na Tailândia, e sequer passou pela minha mente porquê quase todas as pessoas estavam usando máscara; pensei que era devido à poluição, mas hoje sabemos que a situação já estava fora de controle. Tive muita sorte de não ter contraído o vírus pois os primeiro casos no Brasil aconteceram duas semanas depois, e o confinamento foi iniciado logo após do fim do carnaval em março.

Liberdade é um dos maiores valores da humanidade e estará sempre em primeira demanda, talvez mais do que a alimentação ou refúgio, e essa sensação todos hoje estão vivenciando. Quando cidadãos nascem em países ditatoriais, onde a liberdade é vigiada e tolhida, eles não saberão o seu significado, mas nós que vivemos nos regimes de liberdade plena temos dificuldade de obedecer a regra ditada pelas autoridades governamentais.

Isso tudo vai passar até porque nada é eterno, mas temos que nos reinventar, seja nos trabalhos, nas relações sociais e principalmente nas finanças, que estão bagunçadas.

[submitted on 5/1/2020]

Life in Quarantine: Witnessing Global Pandemic is an initiative sponsored by the Poetic Media Lab and the Center for Spatial and Textual Analysis at Stanford University.

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